terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Panetone pra cachorro


Eu fiquei pasmada e acho que a maioria das pessoas também ficaria. Tava lá, numa página inteira da revista: PANETTONE PARA CÃES. Fiquei imaginando a Jullie, a velha cachorra aqui de casa, saboreando “o melhor presente de Natal para o seu cão”, conforme dizia o anúncio. E me perguntei: será que ela vai gostar das uvas passas tanto quanto eu gosto? Como será que se deve servir o panetone para o cachorro? Em fatias? Em prato raso? Acompanhado de guaraná? Com champanhe? Na noite de Natal? No chá da tarde? De qualquer maneira, já vou avisando: aqui em casa o panetone não vai de jeito nenhum parar no canil. Antes disso, eu traço ele.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Sabor Groselha

Sou do tempo em que a correspondência com os amigos era feita através de cartas enviadas pelo correio. Conforme a distância, uma carta levava 20 ou 30 dias para chegar ao destino. Imagine a vida se movimentando nessa lentidão. Conseguiu? Se você faz parte da geração Internet, com certeza não vai conseguir imaginar. O que nos medíamos em dias, você mede em segundos. O que levávamos horas para executar, você executa hoje em poucos instantes. Este é o mundo atual. A comunicação é feita em tempo real.

Pois, bendita seja essa evolução. Bendita seja a Internet, que me permitiu essa semana localizar um amigo querido de quem não tinha notícias há mais de 10 anos e a quem não vejo há quase 30. Um amigo que, como eu, é do tempo da máquina de escrever. Opa! Máquina de escrever? A maioria de vocês, com certeza, nem sabe o que é. Pois bem, definição da própria Internet, conforme o Wikipédia, máquina de escrever é um instrumento mecânico, electromecânico ou eletrônico com teclas que, quando premidas, causam a impressão de caracteres num documento, em geral de papel. Eu mesma tinha uma Olivetti portátil que era guardada embaixo da cama e retirada a cada vez que ia usar.

Confesso que frequentemente me surpreendo com a velocidade da evolução tecnológica. E fico repetindo de mim para mim mesma: – coisa fantástica essa tal tecnologia. Pena – e isso lamento profundamente – que a evolução moral do homem não tenha ocorrido na mesma velocidade.

E é para aproveitar um pouquinho de tudo isso que a tecnologia nos permite hoje que estou tomando coragem e inaugurando este espaço na Internet, com o título Sabor Groselha. Groselha dos deliciosos picolés da infância, groselha dos geladinhos consumidos avidamente pelas minhas meninas, groselha da cor intensa, avermelhada, docinha e repleta de sabor. Para devorar. E para compartilhar.