quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Dia da Pátria

Quando eu era menina, desfilar no dia 7 de setembro era coisa obrigatória. Nesse dia, tínhamos que nos vestir impecáveis: saia pregueada bem passada, blusa branca alvejada, sapatos pretos bem lustrosos, meias ¾ brancas, geralmente novas, cabelos bem arrumados. Assim aprumados, seguíamos, cada qual no seu pelotão, marchando rua afora, uma marcha ensaiada durante dias, semanas até. E a família lá, na beira da calçada, assistindo, aplaudindo e chamando a gente pelo nome. Além de manter o semblante sério, disfarçando o sorriso amarelo que brotava quando reconhecidos pela platéia, tínhamos que nos esforçar para não sair do alinhamento e nem perder o ritmo da marcha.

Duas ou três vezes desfilei na banda do colégio, bem na frente, tocando bumbo. Eu numa ponta, minha irmã na outra, empertigadas dentro daquele uniforme cheio de franjas, abrindo o desfile da escola. Uma glória!

Mas o melhor de tudo era a paquera que rolava na concentração. Aquela paquera à moda antiga, recheada de timidez, que fazia o Dia da Pátria se encher de emoção e o coração bater forte, no compasso da banda. Tum Tum Tum.

5 comentários:

  1. Me fez lembrar dos tempos que não voltam mais. Tínhamos orgulho do dia da pátria, do nosso colégio e de nós mesmos. E hoje?

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  2. E teve um desfile pertinho de casa... Nem cogitei dar um pulinho lá!
    Quem sabe no ano que vem...

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  3. Nossa, que legal! Deu pra imaginar direitinho!

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  4. Morava em Santana do Livramento (na fronteira) e os desfiles eram com muitos cavalos, era sagrado assistir com a família, owwww saudades do Rio Grande...e das tradições gaudérias

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  5. Falando em tradições gaudérias, vem aí a Semana Farroupilha, sem dúvida nenhuma um bom assunto para um post.

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