A cada dia vejo aumentar o número de mulheres pilotando moto nas ruas da cidade. Principalmente nos semáforos é que a gente vê que elas, as motoqueiras, estão cada vez mais presentes no trânsito. São as novas donas – ou seriam damas? – do asfalto.
A par de seu porte elegante – boa parte delas metidas em terninhos e, invariavelmente, sobre uma moto do tipo Biz - elas têm uma particularidade que as distingue no trânsito: andam no ritmo dos carros. Também não ficam ziguezagueando entre os veículos e muito menos furam o sinal.
Eu sempre dirigi devagar. “A tia anda em 20”, exageravam meus sobrinhos. E nesse meu ritmo, consegui evitar muitos acidentes. Uma ou outra ocorrência foi inevitável, sempre por conta da imprudência de outros motoristas.
Na minha concepção, carro (ou moto) é apenas um meio de facilitar a vida, de proporcionar uma locomoção mais rápida. Não mágica. Assim é que acho que essas mulheres em suas “motinhas” estão muito mais livres de se envolverem em acidentes, ao contrário da grande maioria dos motoqueiros que faz da moto uma arma e pensa que pode tudo. Até o ponto em que os vemos estatelados no asfalto e, drasticamente, mudando o destino de sua viagem.