As
pessoas, antigamente, tinham o hábito de pendurar na parede da sala um retrato
dos donos da casa, normalmente tirada no dia do casamento. Com um leve colorido
feito à mão e adornos inexistentes no original como um brinco, uma gola ou
mesmo um bigode, as fotografias se impunham como que a indicar sob quem estava
o comando da residência.
Eu
me lembro da foto que havia na casa dos meus avós, em que o meu avô se parecia
muito mais com o meu pai do que com ele próprio. Minha avó – que tinha a cara
da minha tia – ficava lá no quadro espreitando a gente. O mesmo acontecia na
casa dos outros parentes, os casais estavam lá, no alto da parede, impondo
respeito e comandando a família.
Hoje
já não se penduram mais retratos nas paredes. Embora jamais tenham se disparado
tantos clicks. Crianças, jovens, adultos... todo mundo carrega uma máquina
digital na mão e aciona o botão diante das cenas mais inusitadas. Entretanto, tirando
a exposição em um ou outro porta-retrato, as fotografias tem ido parar mesmo é
no espaço virtual, nas redes sociais.
Também
os álbuns, que folheávamos com cuidado no passado mudaram de endereço. Não
estão mais nas gavetas das penteadeiras, dos armários ou das cristaleiras. Eles
agora recheiam os conteúdos dos perfis na Internet ou são armazenados em um
porta-retrato digital. E – o que eu acho fantástico – de forma simples e instantânea.
São
os avanços da tecnologia, as vantagens e facilidades criadas pela revolução
digital. Pena que – o que eu sinto muito – sem conservar o charme e a nostalgia
que embalaram os meus tempos de meninice.
Novas tradições, né? =)
ResponderExcluirA tecnologia simplesmente acaba com nossas emoções. O papel possui a propriedade de ser uma ponte entre o presente e o passado, com muitas das suas impressões. A tecnologia é fria.
ResponderExcluirSeu blog é interessante, meu nome é secreto. Faça uma coisa renovadora para atrair mais pessoas para seu blog, renove-o mais e mais, atraia publicidade.
ResponderExcluirB.L.