“É do disque
água?”. Essa pergunta a gente ouve várias vezes por dia aqui em casa quando atende
o telefone. O nosso número residencial consta em uma lista de distribuidores de
água mineral, o que justifica o engano. Eu já nem me incomodo mais. Aproveito
para fazer propaganda do serviço de entrega de água de um amigo. Acho até que preciso
discutir com ele um percentual a título de comissão.
Bem, tirando o primeiro motivo que faz a campainha do
telefone fixo disparar, vamos ao segundo, que é a venda de serviços da Net. A
Net liga dia sim e outro também. E não adianta explicar e nem xingar os
vendedores porque é sempre uma pessoa nova ligando, de posse, provavelmente, de
uma lista com os nomes de quem ainda não adquiriu o produto. Já implorei para
tirar o número da lista, mas não adianta. Cheguei ao ponto de pensar em assinar
o dito serviço, desde que parem de ligar.
O telefone também é acionado por outras companhias de
telefonia, por bancos e por associações assistenciais (A senhora está bem? Que
bom, não é? Queremos lhe convidar para participar da nossa campanha do leite...). Tem
também os trotes, as tentativas de golpe (Tudo bem, tia? Quem está falando é o
seu sobrinho que mora mais longe...) e os “desculpe, foi engano”.
De vez em quando – e muito de vez em quando, mesmo –
atendemos uma ligação de algum amigo ou parente que deseja falar com algum de
nós.
O telefone fixo está caindo totalmente em desuso. Já
nem sei mais se vale a pena mantê-lo funcionando. A sua melhor função que era
facilitar o acesso principalmente dos parentes que estão longe está perdendo
para a popularização dos celulares, que permitem falar horas num interurbano pelo
preço de uma ligação local.
E pensar que possuir um telefone fixo era coisa para
poucos. Ficava-se anos na fila aguardando a liberação de uma linha. Além de que
o seu uso era limitado à troca de informações importantes. Tempo em que o
telefone servia só e unicamente para isso.
O comentário que me veio foi: "Tu tu tu tu tu tu tu"
ResponderExcluirDifícil não LIGAR pra essas encheções de saco, né?
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