Aniversário da minha cunhada e eu querendo fazer
alguma coisa diferente. Decidi: vou enviar um telegrama. Telegrama é uma coisa
tão antiga! (Por isso mesmo, uma homenagem bem clássica.) E tanto caiu em desuso
que ninguém se lembra dele. Aliás, tem gente antiga que se surpreende porque
acha que o telegrama nem existe mais. Já a gente jovem acho que nem sabe o que
é isso.
Mas o telegrama está bem vivinho e saudável e dispõe
de quatro modalidades: pela Internet, pelo telefone, por postagem eletrônica e
por postagem na agência.
Optei pela mais cômoda, via Internet. Me cadastrei,
preenchi o formulário, fiz o texto da mensagem e... deu erro. Recarreguei a
página e ele apagou todos os dados. Refiz tudo de novo, a mensagem, os dados do
destinatário e... deu erro. Atribuí o erro à lentidão da minha Internet e
reiniciei o computador. Então, o sistema não aceitou a senha que eu tinha
acabado de cadastrar; estava com erro; tentei de novo e mais uma vez, nada.
Então, pedi outra senha que foi enviada por e-mail. Daí, repeti todo o
procedimento e cliquei na cesta para comprar o produto. Na tela, a resposta de
sempre; alguma coisa tinha dado errado.
Me armei de coragem e fui até a agência de Correios
mais próxima. Depois de uns 20 minutos aguardando – e
olha que eu era a segunda da fila – e após a faxineira me dar um baile
com o rodo e o pano de chão que ela cismou de esfregar várias vezes no piso,
atropelando a mim e os demais clientes, chegou a minha vez.
“Moça, quero enviar um telegrama”, falei para a funcionária,
que ficou assim meio sem saber o que fazer. “Acho que tenho que preencher um
formulário”, acrescentei. Então, ela se enfiou numa sala contígua e quando
voltou disse que eu teria que aguardar o gerente, pois os formulários para
telegrama estavam com ele. “Isso vai demorar?”, perguntei, tentando entender
por que o gerente carregaria com ele um material que deveria estar sobre o
balcão, disponível para venda. “Ah, eu não sei, ele está no horário do almoço”,
ela respondeu, já chamando o próximo cliente.
Teimosa quanto uma mula, eu consegui enviar um
telegrama pra minha cunhada embora tenha perdido o prazo para que ele chegasse
no mesmo dia. E não importa que eu tenha precisado de mais tempo para ir até
outra agência, onde, felizmente, encontrei um funcionário que sabia o que era
um telegrama e que dispunha dos formulários ao alcance da mão. Minha cunhada
merece. Agora, o que não dá para engolir é essa campanha dos Correios com o
mote #vamaislonge.
Nesse passo, me desculpem, mas acho que #nãovailonge.
Bom né na era da internet e enviar telegrama!!! E celular..e facebook???
ResponderExcluirNinguem merece!!! Ahhh e surpresa a aniversariante ainda não recebeu... Mas valeu... deve ser a greve. Vila
Fiquei com vontade de receber um telegrama!
ResponderExcluirVou te mandar um e espero ter mais sorte desta vez, porque o da cunhada não chegou até hoje.
ExcluirO que é um telegrama? É uma televisão feita de grama? Um telefone no jardim? =P
ResponderExcluirTamo esperando o tele grama!!
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