domingo, 18 de abril de 2010

Inveja

Inveja! Que atire a primeira pedra quem não tem nem que seja um tiquinho assim ó. É claro que eu não estou falando daquela inveja capaz de secar pimenteira que algumas pessoas possuem e, segundo dizem, é capaz de arrasar um canteiro inteiro de flores. Na verdade, estou falando de invejinha – assim mesmo, no diminutivo –, de coisinha pequena.

Estou me referindo àquele incomodozinho que a gente sente quando o vizinho compra aquele carro que a gente vinha namorando há um bom tempo. Ou de quando aquela conhecida passa num concurso onde vai embolsar, só de gratificação, mais do que a gente leva seis meses para ganhar. – E por que não eu? – é inevitável não pensar, ao mesmo tempo em que – embora a gente não queira admitir – se engole aquela sensação de pesar pela conquista alheia.

De minha parte, sempre considerei esse sentimentozinho inofensivo, pois apesar dele, continuo me definindo como uma boa pessoa, incapaz de desejar o mal alheio. Mas, será isso mesmo? O dicionário é muito claro na definição do termo inveja: desgosto ou pesar pelo bem ou felicidade de outrem. Pensando melhor, talvez eu tenha que rever minhas ideias a respeito. De repente, não tem isso de ser mais ou menos invejoso. E nem de se  encher a boca para dizer "eu tenho inveja, mas é uma inveja boa". Ou "não é invejona, é invejinha". 

O uso da palavra no diminutivo, de fato, não diminui seu sentido. E, sendo assim, lamento informar, mas acho que somos todos – ou pelo menos a grande maioria da humanidade –, por natureza, invejosos.

Ai de nós!

2 comentários:

  1. É, as vezes temos inveja, mas não paramos pra pensar o que fez a pessoa pra passar no concurso, ou pra comprar o carro novo, né? Sempre parece que pros outros tudo é mais fácil... Se cada um de nós corresse atrás dos sonhos, batalhando com vontade, talvez não tivessemos tempo de sentir inveja...

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