quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Autoestima


Olha só: ouvindo a Jovem Pan ontem, uma entrevista no Pânico me chamou a atenção. A entrevistada, a publicitária Gisela Rao, falava dos resultados do programa que ela criou, o Vigilantes da Autoestima, do qual faz parte um blog com o mesmo nome (http://vigilantesdaautoestima.blogosfera.uol.com.br/). O motivo da entrevista era, de fato, o livro que ela está lançando, Não comi. Não rezei. Mas me amei, o diário da escritora que vigiou sua autoestima por 365 dias. 

Gisela está conseguindo canalizar para o seu blog milhares de acessos, principalmente de pessoas que estão se apoiando nela para levantar sua autoestima. Esse público é constituído principalmente de mulheres. E um dos motivos que mais derrubam a autoestima de uma mulher está relacionado ao corpo.

E, cá pra nós, não é para menos. Estamos cercados de gente bonita. Só que no papel. As revistas estão recheadas de rostos e corpos deslumbrantes. Os banners e cartazes de propaganda, idem. A televisão está repleta de caras lindas e corpões sarados. A mídia parece nos dizer, cruelmente, “se você não é bonito, morra!”. 

E, no entanto, as pessoas que a gente encontra nas ruas, no banco, no supermercado, no cinema, no shopping, a maior parte delas, são gente comum. Gente com muito nariz, com pouca bunda, com barriga demais, com seios de menos, com pernas muito grossas, ou muito finas, com cabelos escorridos, ou muito armados... Gente totalmente fora do padrão. Mas, gente real, que nem por isso é menos feliz. Mesmo que tenha que contar com a vigilância da Gi quando a autoestima estiver em baixa. 

4 comentários:

  1. Graças a evolução tecnológica fazem cada vez mais fotos perfeitas e tratamentos diversos para a estética. Não existe gente feia, existe gente sem grana. rs È preciso tomar cuidado para não virar escrava da beleza, hoje em dia até as crianças não querem mais sair sem maquiagem. Viva gente normal, que prestemos mais atenção as qualidades do ser humano.

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  2. Muitas pessoas são sensíveis às pressões sociais relacionadas à beleza do corpo. Há muitos anos fiz um comentário, sem nenhuma maldade, a uma moça e, ela sofreu muito com ele, a ponto de fazer uma cirurgia reparadora. Depois da cirurgia, fez de tudo para me mostrar o resultado, o que me deixou muito constrangido. Desde então, busquei ficar calado e observar mais o interior das pessoas, porque o exterior, a sociedade não vai parar de cobrar a perfeição e eu não quero participar disso.

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  3. A autoestima independe do formato do corpo, do brilho dos cabelos ou da cor dos olhos. Uma pessoa que não é feliz com suas imperfeições (reais ou não) provavelmente passará a vida tentando corrigi-las e sempre aparecerão novos defeitinhos pra se preocupar.
    Ao invés de endeusarmos as embalagens, podíamos valorizar muito mais os conteúdos, né?
    Capas de revista estampando pessoas com características admiráveis, campanhas publicitárias vendendo valores ao invés de um corpo mais sarado, gente sendo admirada por seu comportamento e não por sua bunda...
    Certamente seríamos pessoas melhores e mais felizes.

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  4. Até quando o padrão será esse? Qual será o próximo?
    Esse assunto rende, hein?

    Há alguns meses uma revista publicou uma capa com a Luiza Brunet, na qual não havia photoshop e, claro, essa era a notícia! Que inversão!

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