segunda-feira, 13 de maio de 2013

Solteira nunca mais



Dia desses, enquanto aguardava para fazer uma consulta médica, a atendente, ao preencher a minha ficha, perguntou: estado civil? E eu, divorciada. A resposta, tão mecânica e que eu venho respondendo a tanto tempo, dessa vez mexeu comigo e eu me vi falando em voz alta:
– Credo! Isso parece uma marca! E é pra vida inteira!
A moça riu e fez outra pergunta, obviamente sem conotação com o cadastro relativo à consulta: a senhora não quis casar de novo?
Rápido e prontamente, respondi que não.
Só que não é tão simples assim. Refletindo melhor agora, penso que deveria ter respondido de outra forma,  pois casar não é só uma questão de querer ou não.
Casar não é uma coisa que se faz assim como quem vai ao cinema, ou sai para tomar um chopp, ou faz uma pequena viagem. Ainda mais quando não é a primeira vez.
Na verdade, não aconteceu. Não tornei a casar. Então, me mantive solteira. Ou melhor, me mantive divorciada. Quer dizer, não sou casada, estou solteira, mas não sou solteira, porque sou divorciada.
E para quem não sabe, o estado civil de uma pessoa divorciada é comprovado por uma anotação, chamada de averbação, no verso da Certidão de Casamento. Depois do RG, é um dos documentos mais importantes. E é pra vida inteira. A não ser que a pessoa case novamente.
Ou seja, depois de se casar uma vez, um solteiro nunca mais será um solteiro. Será sempre um casado, se mantiver o casamento, ou um divorciado, se o interromper.
No meu caso, solteira nunca mais! Para sempre divorciada!

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