terça-feira, 8 de outubro de 2013

Um telegrama


Aniversário da minha cunhada e eu querendo fazer alguma coisa diferente. Decidi: vou enviar um telegrama. Telegrama é uma coisa tão antiga! (Por isso mesmo, uma homenagem bem clássica.) E tanto caiu em desuso que ninguém se lembra dele. Aliás, tem gente antiga que se surpreende porque acha que o telegrama nem existe mais. Já a gente jovem acho que nem sabe o que é isso.
Mas o telegrama está bem vivinho e saudável e dispõe de quatro modalidades: pela Internet, pelo telefone, por postagem eletrônica e por postagem na agência.
Optei pela mais cômoda, via Internet. Me cadastrei, preenchi o formulário, fiz o texto da mensagem e... deu erro. Recarreguei a página e ele apagou todos os dados. Refiz tudo de novo, a mensagem, os dados do destinatário e... deu erro. Atribuí o erro à lentidão da minha Internet e reiniciei o computador. Então, o sistema não aceitou a senha que eu tinha acabado de cadastrar; estava com erro; tentei de novo e mais uma vez, nada. Então, pedi outra senha que foi enviada por e-mail. Daí, repeti todo o procedimento e cliquei na cesta para comprar o produto. Na tela, a resposta de sempre; alguma coisa tinha dado errado.
Me armei de coragem e fui até a agência de Correios mais próxima. Depois de uns 20 minutos aguardando – e olha que eu era a segunda da fila – e após a faxineira me dar um baile com o rodo e o pano de chão que ela cismou de esfregar várias vezes no piso, atropelando a mim e os demais clientes, chegou a minha vez.
“Moça, quero enviar um telegrama”, falei para a funcionária, que ficou assim meio sem saber o que fazer. “Acho que tenho que preencher um formulário”, acrescentei. Então, ela se enfiou numa sala contígua e quando voltou disse que eu teria que aguardar o gerente, pois os formulários para telegrama estavam com ele. “Isso vai demorar?”, perguntei, tentando entender por que o gerente carregaria com ele um material que deveria estar sobre o balcão, disponível para venda. “Ah, eu não sei, ele está no horário do almoço”, ela respondeu, já chamando o próximo cliente.
Teimosa quanto uma mula, eu consegui enviar um telegrama pra minha cunhada embora tenha perdido o prazo para que ele chegasse no mesmo dia. E não importa que eu tenha precisado de mais tempo para ir até outra agência, onde, felizmente, encontrei um funcionário que sabia o que era um telegrama e que dispunha dos formulários ao alcance da mão. Minha cunhada merece. Agora, o que não dá para engolir é essa campanha dos Correios com o mote #vamaislonge. Nesse passo, me desculpem, mas acho que #nãovailonge.

5 comentários:

  1. Bom né na era da internet e enviar telegrama!!! E celular..e facebook???
    Ninguem merece!!! Ahhh e surpresa a aniversariante ainda não recebeu... Mas valeu... deve ser a greve. Vila

    ResponderExcluir
  2. Fiquei com vontade de receber um telegrama!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Vou te mandar um e espero ter mais sorte desta vez, porque o da cunhada não chegou até hoje.

      Excluir
  3. O que é um telegrama? É uma televisão feita de grama? Um telefone no jardim? =P

    ResponderExcluir
  4. Tamo esperando o tele grama!!

    ResponderExcluir

Obrigada pela visita! Seu comentário é muito bem vindo!
Ele será moderado e em breve aparecerá aqui. Volte para conferir.