O desabafo em uma entrevista de televisão de uma mulher cujo marido foi morto violentamente num assalto me comoveu. “A gente precisa se indignar com a escalada da violência”, desabafou ela. Embora vivendo momentos de profunda dor, ela conseguiu fazer o seu manifesto e reproduzir o que era também a opinião do marido, antes de ser atingido por um tiro ao defender a filha que estava na mira do bandido.
Faço, então, coro a essa corajosa mulher e me indigno também. Estamos sendo muito passivos diante da violência. Estamos aí, cada qual no seu quadrado, tentando nos defender. À custa de muitas grades, de muitos cadeados, de geringonças elétricas e eletrônicas. Individualistas, suspiramos a cada vez que não somos o alvo. Mesmo que ele seja o vizinho da frente, o pai do amigo do filho, a filha do dono do mercadinho, a esposa do colega de trabalho, enfim. Contanto que aconteça além da soleira da nossa porta...
E é isso que precisa mudar. Aproveito, então, este espaço para demonstrar a minha indignação com a violência desenfreada que assola esta cidade, este estado, este país, e que produz uma sociedade refém do isolamento, do medo, da angústia, da dor. E creio que se nos juntarmos nesse sentimento, estaremos começando a nos mover. O que já é um bom começo.
Faço minhas as suas palavras.Mas, violência maior é a do governo que nos representa. Nada faz para dar um basta nisso tudo. Já conseguiram comprar consciências suficientes, para não deixar de ter um número representativo de votos que os elegem. Hoje uma criança de 10 anos se matou depois de balear a própria professora. Cansou de ser maltratado por causa de um defeito físico que tinha. Se não nos preocuparmos uns com os outros, indubitavelmente teremos a companhia indesejável da violência.
ResponderExcluirA violência é de responsabilidade de todos nós. A passividade dos cidadãos de hoje é que me preocupa.
ResponderExcluirConcordo com você Lori. Costumávamos nos indignar muito mais com os atos de violência que se tornam cada dia mais frequentes e comuns. De tão corriqueiros acabaram perdendo a importância que deveriam. Banalizar a violência, quer seja comprando uma arma de brinquedo para os nossos filhos ou fazendo pouco dos atos que presenciamos e ouvimos só faz piorar a situacão.Não podemos esperar que a violência bata à nossa porta para nos darmos conta de sua gravidade. O problema é de todos nos. Indignação ou indigna nação????????
ResponderExcluirO problema é a banalização. Virou comum, rotina. O que é triste, muito triste.
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