segunda-feira, 25 de março de 2013

Educação Nota Zero



Fui surpreendida esta semana por uma péssima notícia: redações que obtiveram nota máxima no Exame Nacional do Ensino Médio apresentaram graves erros de português. Palavras escritas com erros de grafia como "rasoável", "enchergar" e "trousse" apareceram em alguns textos que ganharam nota 1.000. Também foram percebidos erros de concordância em algumas redações.
Mais estarrecedor que a notícia foi a explicação do Ministério da Educação para o fato: “o texto é analisado como um todo, e o que importa mesmo é que o candidato tenha um excelente domínio do português, mesmo que ele cometa pequenos desvios gramaticais”.
Quer dizer, essa brutalidade que os estudantes cometem contra a língua portuguesa tem aval oficial. O que, bem ou mal, explica o descaso das nossas autoridades para com a educação. Uma educação que está emburrecendo nossos jovens, que mal sabem escrever, mal sabem ler e, para desespero de professores bem intencionados, são aprovados compulsoriamente, a título de engrossar os índices oficiais.
Um país que brinca com a educação desse modo não tem compromisso com o futuro. E um povo que se sujeita a isso corre um sério risco: servir de boi de manejo. O que é muito conveniente para a classe governante.

3 comentários:

  1. É tão triste isso. A cada dia que passa deixa de ser uma vantagem "escrever bem". De que adianta você saber ler, escrever, interpretar um texto e redigir uma boa redação se uma pessoa que não sabe tudo isso pode tirar uma nota até maior que a sua? É realmente triste.

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  2. A nossa língua não é muito fácil, porém ser conivente com estes erros é no mínimo irresponsabilidade. O que me surpreende é a explicação. Não seria mais fácil admitir que houve erros e que se twentará melhorar isso? Temos dificuldade de assumir nossos erros, isso é bem flagrante. Admiro quem assume seus erros, seja uma pessoa ou uma instituição. Essa perdeu a oportunidade e ficou mal, muito mal na foto.

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  3. Esperar o que de um governo dessa laia. Caminhamos a passos largos para nos tornarmos uma Coréia do Norte mas, sem a bomba atômica porque a nossa é o Congresso.

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